domingo, 13 de outubro de 2013

Outra frequência





A gente deve sonhar? Digo... Sonhar alto, sonhar grande!
Será que se a gente for sonhador demais, os tombos também não serão grandes demais? Pode ser... Talvez sim; talvez não...
Pode ser também, que se a gente não sonhar com nada e apenas ir vivendo um dia após o outro, acabe por não concretizar sonho nenhum na vida. Se bem que esse tipo de gente, não sonha, e aí, não se importará nunca se concretizou algo a mais ou não. 
Olhem só que legal a letra dessa música dos Engenheiros do Hawai:

Seria mais fácil fazer como todo mundo faz.
O caminho mais curto, produto que rende mais.
Seria mais fácil fazer como todo mundo faz.
Um tiro certeiro, modelo que vende mais.

Mas nós dançamos no silêncio,
choramos no carnaval.
Não vemos graça nas gracinhas da TV,
morremos de rir no horário eleitoral.

Seria mais fácil fazer como todo mundo faz,
sem sair do sofá, deixar a Ferrari pra trás.
Seria mais fácil, como todo mundo faz.
O milésimo gol sentado na mesa de um bar.

Mas nós vibramos em outra frequência,
sabemos que não é bem assim.
Se fosse fácil achar o caminho das pedras,
tantas pedras no caminho não seria ruim

Essa canção fala de um cara inconformado com as conformidades e que não se limita a fazer o que todo mundo faz... Acho que assim são os blogueiros... Inconformados e sonhadores.
Inconformados com o que a grande mídia diz, e com as opiniões de massa que existem por aí, nos caciques da comunicação.
Por isso corremos atrás de sonhos e damos a cara a tapa aqui nos nossos espaços, nos deixando julgar, sem mesmo ter cometido crime algum... Mas invariavelmente, damos nossas sinceras opiniões sobre tudo o que existe. 
Por isso somos sonhadores, e vivemos em outra frequência... A frequência de quem tenta... Erramos as vezes; acertamos em outras vezes; mas tentamos sempre!




quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Você vai saber por quê





Essa é a capa do meu livro! Capa, contra capa e orelha.
Ela foi feita por um rapaz amigo meu chamado Fabio Guedinni, e a orelha foi escrita por outro amigo meu, chamado Luiz Alberto Soares.
O prefácio foi escrito pelo amigo, professor e blogueiro, Bento Salles. 
E o livro... Ao longo de uns oito meses, foi escrito por mim, mas lido e pitaqueado por vários amigos. Dentre eles os blogueiros: Camila Monteiro, Chica, Elvira Carvalho, Eduardo Medeiros, Flavio Luis Ribeiro, Tsu, Adelisa, Jim Carbonera e outros amigos não blogueiros, como meu irmão Julio Cesar, os amigos Danilo e Lidia Arantes, Rubinho, e por aí vai...
Importante também, foi a editora Habermann, e meu editor Kaluã Habermann, que acreditaram na minha obra e resolveram apostar nela.
Com um time desse; acho que deu em boa coisa! Obrigado amigos. Obrigado pelo carinho e pela disposição em me ajudar, sem orgulho e com muita amizade!
No começo do próximo mês, esse sonho estará nas livrarias... Ufa! Esse foi mais um sonho que realizei.
Como dona Carminha, (uma personagem do livro), diz na última frase do livro: Graças a Deus!


segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Nesse momento




Nesse momento:
Um beduíno cruza com seu camelo a imensidão do deserto, pedindo a Alah que o próximo oásis apareça logo, pra que ele mate sua sede e descanse na sombra de uma tamareira.
Um pirangueiro do Piauí sai com seu barquinho de madeira para alto mar, para buscar alguns peixes que são o sustento de sua família; sua mulher e seus dois filhos tentam ajudar, colhendo caranguejos no mangue para serem vendidos na feira do dia seguinte.
Um nativo de uma tribo do Congo é forçado a trabalhar sem proteção alguma numa mina de diamantes. Quase nú, apenas com uma velha camiseta e uma bermuda, ele respira o ar úmido e tuberculoso dos velhos túneis da velha mina.
Uma senhora de sessenta anos, trabalha numa roça de algodão na China. Ela colhe quarenta quilos por dia e ganha alguns trocados que lhe servem para comprar arroz e batatas no mercado de sua vila.
Alguns garotos em São Paulo, brincam nadando em um córrego, onde se escoa o esgoto da COHAB vizinha.
Uma menina na Itália trabalha ajudando na colheita da uva, que servirá para fazer vinho. A produção de vinho sustenta sua família à oito gerações.
Um boiadeiro no Pantanal, atravessa a boiada num vale alagado. O caminho que normalmente seria feito em oito horas, depois das chuvas que castigaram o lugar, será feito em três dias.
Um caminhoneiro no Canadá, leva uma carga de colchões de espuma ao hospital de um vilarejo no Alaska. Ele atravessa o mar congelado com seu caminhão, e corre o risco de que a estrada se quebre e ele se perca para sempre na imensidão do mar gelado.
Um comerciante em Bangladesh negocia a venda de alguns carneiros que seu primo cria nas montanhas vizinhas.
Uma criança nasce na Indonésia, um velho morre na Costa Rica, uma mulher é atropelada na Inglaterra, um homem faz um bem sucedido transplante de coração em Porto Alegre, um casal reata namoro na Austrália, um casal se separa no Cazaquistão.
O mundo se mexe!
As coisas acontecem.
As horas passam.
E a gente...?
A gente envelhece correndo atrás do vento...
Afinal... Tudo no mundo, a não ser o amor que se ganha e que se dá, não passa de vento!

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Limpem os túneis




Todo dia era a mesma coisa, eles nem se lembravam mais qual foi o primeiro dia em que eles começaram a trabalhar naqueles túneis.
No começo o percurso era menor e os túneis eram novos e fáceis de trafegar. Mas com o passar do tempo, o percurso só foi aumentando, e os túneis cada vez mais foram ficando cheios de obstáculos.
O serviço deles era de vital importância nesse sistema. Eles tinham que levar oxigênio para o controle central e de lá, esse oxigênio era distribuído para todos os órgãos por esses túneis.
O problema maior, é que com o passar dos anos o gerente dessas instalações não tomou as devidas providências para manter os túneis limpos e fáceis de trafegar. O gerente deixou muito lixo se aglomerar nas paredes dos túneis e deixou-os infectar por produtos tóxicos e nocivos ao sistema. Assim os funcionários responsáveis pelo transporte de oxigênio estavam com muita dificuldade de executar o seu serviço, fazendo com que o comando central mandasse cada vez mais energia nos túneis, tentando fazer com que o fluxo de oxigênio continuasse correspondendo as necessidades. O descaso com a malha de túneis era tanta, que o controle central não estava conseguindo executar o processo, e o sistema inteiro estava sofrendo.
O setor responsável pela filtragem da água, não filtrava direito e mandava impurezas para todos os lugares, o setor responsável pela renovação do oxigênio dos túneis, não conseguia sugar e nem transferir esse ar para o sistema, o setor responsável pela inteligência do comando central, e pela mecanização do todo, começava a falhar e tudo estava caminhando para um colapso, até que de repente, o sistema todo parou!
- Vamos tentar mais uma vez. - Falou o médico na ambulância.
- Carregando, - falou o enfermeiro - pode colocar os eletrodos no peito dele; um, dois, três, lá vai!
O corpo estrebuchou e o coração deu sinais de vida.
- De novo! - Falou o médico.
- Um, dois, três... Lá vai!
O corpo estrebuchou de novo e o médico começou a fazer massagem no peito do paciente e respiração boca à boca.
Conseguiram salvar o paciente e o internaram na UTI.
Quando saiu, o médico lhe passou um regime, um plano de exercícios e alguns remédios. O médico falou que seu corpo estava muito descuidado e debilitado e que se ele não se cuidasse, fatalmente não teria muitos meses de vida.
Ainda dá pra recuperar, - falou o médico em tom autoritário, mas carinhoso - só depende de você!
Assim as coisas foram melhorando para as células, que eram os funcionários dos túneis. Agora eles poderiam levar oxigênio para todo o corpo e assim continuar a semear a vida. As placas de gordura foram sumindo das veias e o sistema conseguiu uma sobrevida melhor e com mais qualidade.
Assim... O corpo inteiro sorriu por dentro.